domingo, 27 de janeiro de 2008

Futebol é o cacete.

O Brasil é o país da burocracia. Você acha que isso vai melhorar? Nem eu. Recentemente uma instituição pública de saúde recebeu um prêmio de desburocratização. Nesta mesma instituição, para dar alta a certos pacientes internados, é necessário recolher cerca de 6 assinaturas. É "Além da Imaginação"!!! Digno de "1984", de George Orwell.

A idéia de que o computador veio para simplificar esses trâmites é balela. O computador, e seu derivado, o "sistema", serve de culpado para toda e qualquer demora, incompetência, extravios etc. Aliás, por favor, vamos abrir um parêntese para essa entidade "sistema". Sistema é igual a "mercado". É algo etéreo, indefinido, todo mundo dá pitaco, ninguém sabe onde fica de fato, vive caindo, subindo, entrando ou saindo e ninguém sabe direito por quê. Fecha parêntese. A conclusão é a seguinte: se interessa, nego anda com a documentação, se não, tudo vira desculpa para adiar, não trabalhar, empurrar com a barriga. Não é preciso fazer esforço algum para encontrar a incompetência; a gente esbarra nela todos os dias.

Uma amiga buscou informações na internet sobre como fazer para renovar o passaporte e descobriu que era mais fácil passar na porra do concurso da polícia federal e virar superintendente de fronteira e alfândega do que conseguir o raio do documento. Ou apenas uma informação correta.

Outra amiga foi validar no Brasil uma carteira de motorista estrangeira e descobriu o cúmulo da burocracia. Para adiantar, ela já tinha levado todos os documentos. "Você pega esses documentos aqui, põe aqui nesse envelope de sedex, atravessa a rua e posta numa agência do correio que tem logo ali do outro lado." "Ah, sim, obrigada, mas para onde envio o sedex?" "Para cá." Então ela olhou pro lado e percebeu que havia uma pilha imensa de envelopes de sedex fechados ao lado da prestativa funcionária. E então? Você acha que vai melhorar?